Perguntas Frequentes

Artrose do Quadril

A osteoartrose do quadril é uma destruição da cartilagem que recobre as superfícies de carga tanto do acetábulo quanto da cabeça femoral. A cartilagem é uma substância que é desprovida de terminações nervosas (ela não dói), porém quando esta estrutura está danificada, há exposição do osso subcondral, este sim rico em terminações nervosas e que será responsável por grande parte da sintomatologia destes pacientes. A osteoartrose pode ser secundária a eventos traumáticos de grande energia, infecções articulares, doenças da infância, osteonecrose da cabeça femoral, impacto femoroacetabular e a displasia do desenvolvimento do quadril. Em muitos casos, denominamos a osteoartrose como primária por não haver uma causa determinada para sua ocorrência.

Existem algumas patologias que causam osteoartrose nos quadris e que apresentam grande índice de bilateralidade. Pacientes portadores de osteoartrose secundária às doenças inflamatórias como artrite reumatóide e pacientes portadores de osteonecrose do quadril tem maior índice de bilateralidade. Porém, mesmo nestes grupos, pode haver acometimento unilateral.

Sim, pode. Porém esta estratégia cirúrgica deverá ser planejada com maior cuidado. Se aplica apenas aqueles pacientes mais jovens e em excelente estado geral sem comorbidades.

Uma prótese de quadril é composta de 3 partes (Componente acetabular, cabeça femoral e haste femoral).  A haste femoral é metálica, normalmente de uma liga cromo-cobalto ou de titânio e é inserida no canal femoral. A cabeça femoral normalmente é feita de metal (cromo-cobalto), podendo ser feita de cerâmica em alguns casos e se encaixa no topo da haste femoral. O acetábulo usualmente é composto de dois componentes, um de polietileno (em alguns casos cerâmica ou metal) chamado de “liner” e de um “metal back” feito usualmente de titânio.

Normalmente estes implantes não são detectados em bancos. Em aeroportos, no entanto, aparelhos mais sofisticados e mais sensíveis são utilizados havendo uma enorme possibilidade da prótese ser detectada. Nestes casos a orientação em todo o mundo é que pacientes portadores de próteses metálicas informem ao funcionário da segurança aeroportuária da existência da mesma antes de passarem pelo detector de metais. É importante ressaltar que não é necessária a apresentação de documentos médicos e/ou radiografias.

Liberamos nossos pacientes para dirigir novamente por volta de 6 semanas após a cirurgia.

O encurtamento do quadril afetado é secundário a um encurtamento ósseo. O grande problema é que as partes moles ao redor do quadril (músculos, tendões, nervos e cápsula articular) podem também estar encurtados e inelásticos. Então, é possível corrigir o encurtamento, desde que músculos, tendões e nervos apresentem elasticidade suficiente para a correção desejada. Usualmente, mas nem sempre, é possível corrigir diferenças de até 4 cm com segurança.

A grande prioridade durante a realização de uma artroplastia total do quadril é com o tratamento da dor e com a estabilidade da prótese. Em alguns casos, para que consigamos a estabilidade desejada da prótese, é preciso que alonguemos em alguns poucos milímetros o membro inferior afetado. Normalmente, este pequeno alongamento é compensado naturalmente pelo organismo durante os meses que se seguem ao tratamento cirúrgico.